O jogo começou disputado, com a equipa das quinas não se parecer assustar com o nome do adversário. No entanto, tudo isto poderia ser diferente quando aos 8 minutos da primeira parte, futo de um passe nas costas da passiva defesa portuguesa, Jesé Rodríguez abriu a contenda batendo o guardião nacional, Rafael Veloso. Porém a selecção reagiu bem, e três minutos volvidos, aproveitando uma confusão na área, o irrequieto Bruma atirou para o fundo das redes espanholas, repondo a igualdade.
Portugal continuou bem, trocando a bola, metendo velocidade e raça, estava mesmo por cima do jogo. Contudo, remando contra a maré, Jesé, uma vez mais, fez gato sapato da defesa nacional, e com um remate cruzado, idêntico ao que deu origem ao primeiro tento da partida, voltou a colocar a “Roja” na frente do marcador. Foi aqui que Portugal pareceu mais desnorteado, perdendo bolas, e permitindo algumas saídas de bola por parte da Espanha. Mas eis que de um canto, com a defesa contrária “às aranhas”, André Gomes, como quem não quer a coisa, empurrava a bola, sem hipótese para o “portero”. Estava feito o 2-2, resultado com que se iria para as cabines.
A segunda parte mal tinha começado, e Jesé (quem mais?), à boca da baliza, aproveitou da melhor maneira o enorme trabalho de Gerard Deulofeu e, uma vez mais, a passividade defensiva nacional, para, pela terceira vez deixar a Espanha em situação de vantagem. A partir do terceiro golo, os “miúdos” espanhois começaram a trocar a bola, bem à imagem da selecção A espanhola, usufruindo a vantagem e controlando o jogo, não deixando Portugal em bons lençois, que no entanto nunca deixou de lutar. Já com Cavaleiro, Pedro Almeida e TóZé em campo, por troca com Betinho, Cancelo e André Gomes, respectivamente, Portugal viria a beneficiar de um penalti incontestável, mesmo em cima da hora. Chamado á conversão da grande penalidade, o capitão João Mário não tremeu e empatou o jogo, atribuindo justiça ao resultado.
Com este resultado, Portugal e Espanha ficam no comando do grupo com 4 pontos, seguidos pela Grécia com 3 e pela Estónia que ainda não conseguiu qualquer ponto. Perante este cenário, Portugal ficará a depender apenas de si para alcançar as meias-finais, uma vez que defrontará a selecção grega, que a julgar pelo 4-1 imposto à Estónia, parece afigurar-se com um osso duro de roer.
Olhando mais em pormenor a selecção nacional, é de frisar a segurança de Rafael Veloso, que, sem qualquer hipótese nos golos sofridos, se mostrou seguro durante toda a partida. João Mário também fez uma exibição positiva, quer como jogador, quer enquanto capitão, tentando sempre dar uma palavra aos seus colegas. Também Bruma, que apesar de se agarrar por vezes em demasia à bola, se mostrou determinante, um autêntico quebra-cabeças, tendo apontado um golo. No entanto o principal destaque vai sem sombre de dúvidas para agostinho Cá, um jogador, na verdadeira acepção da palavra, um polvo, um senhor do meio campo que corta, joga e faz jogar, e que no entanto pisa outras terrenos, este será invariavelmente um jogador com imenso futuro à sua frente. Nota menos positiva para a defesa, das laterais ao centro, muita tensão e falhas, quer na marcação, que na hora de despachar a bola.
De notar ainda a exibição de Jesé Rodríguez, que caprichou com um hat-trick. Um jovem a seguir com atenção.
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