Hoje foi a vez das meias finais masculinas em Wimbledon.
A primeira do dia era a mais esperada, e foi a que pôs frente-a-frente Roger Federer(3) e Novak Djokovic(1) (6-3; 3-6; 6-4; 6-3).
O suiço, actual número três mundial, entrou melhor no jogo, conseguindo na sexta partida, altura em que o jogo se encontrava 3-2 a seu favor, um precioso break fruto de um momento de distracção e pouco acerto de Djoko. Break este que viria a ser determinante para o fecho do primeiro set pelo parcial de 6-3.
No segundo set, o sérvio, número um mundial, acordou, sentiu-se ameaçado e ripostou. E o filme do primeiro set inverteu-se na sua totalidade: Federer pareceu relaxar, e Novak, mais concentrado e firme, conseguiu quebrar um jogo de serviço de “FedEx”, o que acabaria por levar ao término do segundo set, exactamente pelo mesmo parcial do primeiro.
Nos dois últimos sets, o nível de jogo de ambos subiu, mas à imagem do primeiro, Roger Federer continou a disparar autênticos mísseis no seu primeiro serviço, e quando este não saía, a fazer bons e variados segundos serviços que acabaram por deixar atónito e desgastar o seu poderoso adversário. Djokovic não esteve propriamente mal, no entanto, mostrou-se sempre incapaz de quebrar o serviço ao suiço, tremendo muitas vezes aquando da sua vez de servir, o que o prova o elevado número de vezes a que os seus jogos de serviço foram decididos nas vantagens, tendo isto resultado em dois breaks a favor de Federer, um em cada set, que acabaram por lhe entregar o jogo.
Não foi uma maratona épica como todos esperavam, foi sim um bom jogo, em que Roger Federer se vestiu de gala e jogou como há algum tempo não se via. A isto não soube Novak Djokovic, que não se apresentou ao seu melhor nível, encontrar o antídoto para contrariar o ascendente helvético.
O outro finalista, para gaúdio britânico, é o jogador da casa, Andy Murray. Murray(4), favorito a ir à final depois do abandono precoce de Nadal, venceu, no último jogo da tarde, o francês Tsonga (5) em quatro sets (6-3; 6-4; 3-6; 7-5)
O homem da casa começou firme, e em apenas 35 minutos levou de vencido o primeiro set. O segundo set decorreu na mesma linha do primeiro, e Murray já sentia, com certeza, a final perto.
Tsonga, insatisfeito com o rumo do jogo, tornou-se mais agressivo, o que acabou também por ser sinónimo de eficácia, empurrando Murray para o fundo do court, conseguindo desta forma impôr o seu jogo e levar de vencido o terceiro parcial.
O quarto set, o mais equilibrado de todos, teve break e contra-break e com isso emoção até ao fim, acabando o jogo por sorrir a Murray.
Mais que uma vitória, esta é, de Murray para os críticos, um autêntica sapatada, por todas as opiniões e críticas menos favoráveis que lhe têm sido dirigidas por este nunca ter atingido a final de Wimbledon. Não foi por acaso que Murray saiu do relvado visivelmente emocionado.
Na final de Domingo, tem que se atribuir o favoritismo a Federer, que para além de estar em grande forma, joga no seu piso favorito, onde já se sagrou vencedor por seis vezes. Murray tem a seu favor o factor casa, e talvez uma maior frescura física que poderá demonstrar caso o encontro se prolongue.