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domingo, 26 de agosto de 2012

“Ao ritmo de Panenka”


A multidão azul e branca coçou a cabeça a semana toda. Que diferenças levaria o Porto para o Dragão, depois das “nuvens” em Barcelos?
Álvaro Pereira no Inter, oficializado a poucos dias do jogo com o Vitória. Menos um problema? Sim. Mas problemas, esses, foi o Vitória que tentou criar ao Porto. O feitiço virou contra o feiticeiro.
Os minhotos entraram em campo de peito aberto. Muito diferentes do Gil Vicente há uma semana atrás. Apostados em conseguir um bom resultado, depois do empate com o Sporting e perante um Porto muito longe do seu melhor (pensavam eles, dizíamos nós), os vitorianos apostaram num sistema móvel, fruto de médios multifunções como André André (lembram-se do pai?) ou Barrientos. Toscano, Soudani e Ricardo emprestavam velocidade a uma estratégia que passaria sempre por defender bem e sair rápido no ataque. Sem sucesso.
Se o Vitória entrou de peito aberto, o Porto entrou a ferver com a chama do Dragão. Entrou com tudo. Com mística, com atitude, com objetividade (objetivo = baliza), com… um lateral esquerdo. Mangala defende bem (é central, estaria mal se não o fizesse). Mas Alex Sandro ataca. E ataca bem. Nos primeiros minutos, ele e Atsu (não houvesse Hulk e ele seria o Incrível) parecia que jogavam juntos há meses. E Douglas começou a sentir a pressão do campeão nacional desde os primeiros minutos. E essa foi a história da primeira parte, o Porto atacou, o Vitória defendeu (0 remates nos primeiros 45’). Lucho deu o toque de ouro numa exibição muito boa, com um golo fantástico, sem hipótese para Douglas. Observados 45 minutos de futebol, nada faria prever o que acabaria por acontecer no recomeço.
Rui Vitória tirou o apagado (não me lembro de ouvir falar dele) Barrientos e fez entrar Marco Matias (sem tempo para conhecer melhor este português, lesionou-se pouco tempo depois). O Vitória rematou (finalmente) e criou perigo. Esteve perto do golo por Soudani e por Ricardo. Mas nem o tropeção de Hélton fez tremer a sua segurança e alegria (sempre com um sorriso). O Porto entrou mal, muito mal na 2ª parte. Deixou de controlar o ritmo do jogo, como fez tão bem na 1ª, perdeu a concentração (Moutinho falhou um passe curto!) e a objetividade. Parecia que a equipa que tinha entrado no balneário ainda lá estava.  Foi preciso o mesmo de sempre acordar a equipa (e o estádio) com mais uma bomba. Hulk, ao seu jeito (e do seu pé esquerdo) deixou Douglas como tantos guarda-redes nos últimos anos: incapaz. E a partir daí, o Porto voltou a deixar a imagem da primeira parte: uma boa circulação de bola, mais objetiva (direcionada à baliza), uma pressão altíssima após perda de bola (foram várias as bolas ganhas ainda no meio-campo ofensivo) e uma criação/ocupação dos espaços muito boa, com os extremos a trocarem de posição, como sempre, e Lucho (depois James), Moutinho (Defour não conseguiu) e Jackson com excelentes indicações e movimentos. Fica na retina ainda a falta de entrosamento de Hulk com Jackson (um lance na 1ª parte em que foi mais visível) e a qualidade do avançado colombiano, que, mais possante que Falcao, já mostra mais em 3 jogos oficiais, do que Janko ou Kléber em mais tempo. O penalty à Panenka foi o bónus merecido para um avançado que procurou o golo e procura cada vez mais inserir-se (com sucesso) no estilo de jogo de uma equipa que sabe jogar à bola. Hoje “Cha-cha-cha” dançou, ao ritmo de Panenka…

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