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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Galo Insular



Pela segunda semana consecutiva, o Gil Vicente arranca um empate a zeros a uma equipa europeia.
Este Gil Vicente aborrece, cansa e sobretudo não traz, com certeza, adeptos aos estádios. A equipa (tal como contra o Porto) limitou-se a defender, a sofrer, com grande espírito de sacrifício, suor e esforço, é certo. Mas quem gosta de futebol, não diz «vamos treinar para sofrer 90’».
E foi assim a 1ª parte dos gilistas. Defender as investidas (algumas) do Marítimo e… tentar, sair em transição. Na frente, os de Barcelos são lentos, sem soluções, fruto muito do número reduzido de homens que colocam na transição. Era comum ver-se Rafa Silva sozinho contra 3, 4 jogadores do Marítimo.
O Marítimo, esse, procurou o golo, procurou sair a jogar desde trás mas faltou… velocidade. Sobretudo acelerar os processos ofensivos. Danilo Dias esteve abaixo daquilo que eu penso que pode dar à equipa, principalmente ao gerir o ritmo de jogo. A equipa joga como ele joga. E o Gil Vicente, com a sua estratégia posicional em organização defensiva, conseguia afastar sempre o perigo de uma equipa do Marítimo que jogava a passo. Quando acelerava, fazia tremer a estabilidade gilista.
Outro dos problemas deste Marítimo é a finalização. Muito pouca qualidade neste capítulo (foi assim neste jogo, poderá ter sido pelo desgaste emocional de jogar contra uma muralha). Fidélis, Héldon, trabalham imenso os lances mas no último capítulo foram incapazes.
A 2ª parte pouco ou nada de novo trouxe. O Gil Vicente ainda atacou menos (sim, é possível) e o Marítimo continuou sem conseguir acelerar os processos.
Este Gil Vicente parece-me que tem uma debilidade que pode ser explorada para derrubar a muralha. Se lhe derem a bola e o obrigarem a subir no terreno, vão colocar mais gente na frente. Aí, uma equipa bem organizada defensivamente e forte na recuperação, com transições rápidas, acaba com uma estrutura que desequilibraria, além de ser muito lenta.
Pode ser uma solução para outros clubes, mas nunca os três grandes. Porque por uma questão social, e de orgulho, não vão dar a bola ao Gil Vicente. Por isso, podem sempre esperar dificuldades.
A semana passada, houve galo no campeão. Ontem, houve galo insular.

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