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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

"Um jogo vermelho"



Os focos de interesse sobre o jogo de Setúbal eram vários. Desde Melgarejo no Benfica, à reação dos encarnados ao jogo de Braga, passando pela motatização do Vitória, que tendo um dos bons treinadores portugueses no banco, esperava poder criar dificuldades aos comandados de Jorge Jesus.
Foi essa a ideia que o Vitória passou nos primeiros 5 minutos. O Benfica esteve por cima, entrou com tudo, mas os vitorianos sabiam recuperar e sair em transição com alguma qualidade. 5 minutos é pouco para analisar o que quer que seja no futebol, mas o Benfica nunca controlou o jogo nesse período.
A entrada sem nexo de Amoreirinha sobre Melgarejo ditou o fim das hipóteses do Vitória no jogo. Isto porque, mesmo com 10, José Mota nunca abdicou de contra-atacar com vários homens, sempre na procura do golo. Ao Benfica, bastava manter-se concentrado a defender e saber ter critério nas saídas para o ataque. E soube, chegando ao golo e ficando a vencer por 3-0 até ao intervalo.
A atitude do Vitória, mesmo depois de cada golo sofrido, foi muito positiva mas… inglória. Mesmo a jogar com 10, nunca quis estacionar o autocarro e defender, para sofrer o mínimo de golos possível. Tentou sempre remar contra a maré encarnada, mas expunha-se demasiado por vezes. O desgaste acabou por se ir notando, e houve mesmo momentos no jogo que chegaram a ser aborrecidos, pois o Benfica trocava a bola sem qualquer objetivo, de forma lenta, sentindo-se que bastava acelerar para fazer tremer o Setúbal. E foi assim no 3-0.
A 2ª parte serviu sobretudo para Jesus mostrar que tem um plantel cheio de soluções ofensivas, e com grande qualidade. Rodrigo esteve impecável, a par de Salvio. Mas Cardozo parece estar a perder espaço, esteve apagado e foi substituído. Ainda jogou Nolito, Aimar (que classe!) e Enzo Pérez foi titular. Mas ainda há Gaitán, Ola John, Djaló, Kardec, Saviola… A grande questão é como é que Jesus vai gerir os egos de um plantel com tantas soluções, e se isso poderá ser um problema para o clube e para a equipa no decorrer da época.
Do jogo de Setúbal, da expulsão de Amoreirinha, à avalanche ofensiva dos encarnados, fica a certeza de que, a maior goleada da Liga até agora, foi sobretudo um jogo… vermelho.

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